top of page

REENGENHARIA HOJE:

Internet das Coisas e a Inovação em Processos

Kelly Sganderla - 22 de outubro de 2018

 

EM: https://blog.iprocess.com.br/2018/10/internet-das-coisas-e-a-inovacao-em-processos/

 

Não é à toa que a internet é um elemento fundamental nesta nova revolução tecnológica pela qual nossa geração está passando. Ela começou como uma rede interconectada de computadores com o objetivo de facilitar a comunicação entre pesquisadores, pessoas e negócios. O objetivo inicial da rede era a troca de informações e dados.

Mas com a ampliação da rede, interconectando globalmente praticamente todos os computadores do mundo, com o desenvolvimento de dispositivos eletrônicos cada vez mais sofisticados e com a inovação em áreas como inteligência artificial, sensores sem fio e nanotecnologia, a internet tornou-se também um protocolo de comunicação para conectar diversos objetos usados no dia a dia, como eletrodomésticos, portáteis, máquinas industriais, edifícios, meios de transporte e outros itens.

Esta é a Internet das Coisas, ou Internet of Things (IoT).

Nesta nova forma de internet, não apenas os computadores, mas qualquer equipamento que possa conectar-se e que possua a capacidade de transmitir dados à rede, poderá ter um identificador para reconhecê-lo de forma única na internet. A internet das coisas possibilita acessar ou operar remotamente, de qualquer lugar do planeta, qualquer dispositivo que possa ser encontrado e esteja conectado, praticamente eliminando as restrições físicas para acessá-lo. Imagine as possibilidades!

De acordo com pesquisa realizada pela KPMG em 2015, a Internet das Coisas (IOT), juntamente com as tecnologias de infraestrutura na nuvem, são as tendências tecnológicas que possibilitarão maior impacto na transformação dos negócios.

 

Com o aumento da conectividade, novas formas de interação com os processos da organização precisam ser criadas, viabilizando ganhos significativos para as organizações, como, por exemplo:

  • a melhoria da experiência de clientes e colaboradores,

  • redução do tempo de time-to-market dos produtos,

  • ganho de inteligência na logística e varejo,

  • aumento significativo da produtividade

  • e redução de custos com a simplificação de processos.

A internet das coisas está afetando os processos de todas as organizações.
Ela estará em nossas casas, afetando os processos dos negócios relacionados a consumo.
Ela estará em nossos dispositivos wearables, monitorando nosso bem-estar e afetando os processos dos negócios de organizações da área da saúde.
Ela estará na infraestrutura das cidades, impactando os processos das instituições públicas.

Com tantas possibilidades de dispositivos conectados comunicando-se com nossos negócios, temos uma nova dimensão de participantes que podem ser envolvidos, bem como uma grande variedade de eventos que precisarão ser detectados e tratados pela organização através de seus processos.

Não se trata apenas de pessoas acessando uma lista de tarefas para realizar suas atividades, mas dispositivos com capacidade de se conectar e enviar informações para a rede, utilizando sensores para detectar eventos e realizar ações em resposta a estes eventos.

Algumas transformações já podem ser vistas nos negócios hoje graças à IoT.

No varejo, inovações com IoT já são uma realidade:

Supermercados já disponibilizam carrinhos de compra inteligentes. Cada produto é identificado com uma etiqueta eletrônica, e ao colocar os produtos dentro do carrinho o sistema já calcula e mostra ao cliente como estão indo suas compras. Além disso, pode inteligentemente mostrar promoções relacionadas aos produtos selecionados, como por exemplo: se o cliente colocar no carrinho um pacote de amendoim tostado, uma tela no carrinho pode informá-lo sobre a promoção de que, comprando 3 pacotes, terá 15% de desconto em alguma marca de cerveja. A informação dos produtos vendidos e suas combinações são informações que podem alimentar a equipe de marketing a criar novas promoções para alavancar a venda de outros produtos.

Esta tecnologia também viabiliza a opção de pagamento por auto-atendimento para os clientes que não fazem questão de passar por caixas com atendimento humano, agilizando o processo de vendas e reduzindo custos da operação.

As prateleiras também podem ter sensores, e à medida que os produtos vão sendo retirados pelos clientes, a reposição de estoque pode ir monitorando a saída de produtos e sinalizando a necessidade de reposição de itens, evitando o risco de perda de negócios por ruptura.

Assim, percebemos que diversos processos precisam ser redesenhados para se adaptarem a estes eventos: os processos de venda ao cliente, marketing e reposição são diretamente afetados, e outros processos de suporte também são indiretamente afetados, como logística de estoque, compras, e etc.

Estes são casos atuais, e uma boa inspiração para novas ideias em nossos negócios.

Percebemos que ao combinar BPM e a IoT, tornamos possível que os processos sejam definidos para tratar o grande volume de informações e eventos que serão gerados pelos objetos conectados, possibilitando resposta rápida para cada um deles.

Em outro exemplo já bem conhecido, podemos ter uma geladeira inteligente na casa, com a capacidade de detectar a falta de produtos e emitir automaticamente uma solicitação de compra pela internet, para um determinado supermercado.

Você já viu aí a oportunidade de oferecer um serviço que possa ser consumido pela geladeira, com um processo que identifique os mercados mais próximos, envie a lista de compras e retorne com os melhores valores e avaliações? 

Neste caso o gatilho para iniciar o processo de cotação e compra não é um ser humano presente no supermercado, ou alguém solicitando produtos pela internet/telefone. E sim um dispositivo (uma “coisa”) detectando a falta de algo e solicitando automaticamente uma nova compra. A solicitação de nova compra poderia ser um processo automatizado no BPMS, cuja atividade seguinte no processo seria: confirmar se todos os produtos solicitados existem em estoque, acionar os drones para fazer a separação dos produtos (a Amazon já faz isso!), acomodar os produtos na caixa para entrega, marcá-la com o endereço para onde devem ser levados, acionar o serviço de logística, realizar o faturamento e confirmar o processamento do pagamento. E quem sabe, ao final, enviar uma mensagem de agradecimento ao cliente fiel.

Outro cenário possível: imagine que os sensores de impacto/colisão do seu carro (como os que já existem em diversos modelos), utilizem os recursos de conectividade do veículo para avisar que um acidente ocorreu, acionando as autoridades competentes, como Polícia e SAMU. Ao mesmo tempo, a seguradora poderia ser acionada, iniciando um processo de sinistro, em que a primeira atividade é um contato com o segurado para verificar o que ocorreu e tomar as primeiras ações cabíveis.

E as possibilidades não se limitam a essas ideias. De acordo com uma projeção realizada pela CompTIA, o número de novas “coisas” conectadas à internet vem crescendo a um ritmo de quase 25% ao ano.

 

.........................................................................................................................................................

 

Como a Internet das Coisas impacta seus processos de gestão?

Em: http://cabtec.com.br/como-a-internet-das-coisas-impacta-seus-processos-de-gestao

 

A Internet das Coisas — do inglês, Internet of Things (IoT) — consiste basicamente em um sistema de dispositivos computacionais inter-relacionados. São máquinas (mecânicas e digitais), objetos, pessoas e animais que são diferenciados através de identificadores exclusivos e que têm a capacidade de transferir dados com o uso de uma rede dedicada.

 

Hoje já temos vários exemplos ligados à Internet das Coisas, incluindo pessoas utilizando implantes de monitor cardíaco, animais de fazenda com biochips, automóveis com sensores embutidos e outros objetos que possam ser atribuídos a um endereço IP e com a capacidade de transferir dados.

Neste artigo, você vai entender do que se trata a Internet das Coisas, como ela tem influenciado os processos de gestão das empresas e quais são as os papéis e as expectativas a que o gestor deve se adaptar nessa nova realidade.

A Internet das Coisas é uma tecnologia disruptiva

A IoT se tornou uma tecnologia disruptiva para empresas modernas, fazendo com que as organizações tenham que repensar seus processos de negócios para se adaptarem à nova realidade tecnológica.

 

A tecnologia empregada na Internet das Coisas mudou a maneira como as empresas interagem com seus clientes. À medida que temos dispositivos conectados e centrados no consumidor, a exemplo dos smartwatches, temos uma mudança em relação ao comportamento diário e de consumo desses clientes.

 

A partir da coleta e processamento de uma grande massa de dados gerados pela arquitetura IoT, as empresas têm que se esforçar em aproveitar as informações geradas pelos consumidores. Através de diversos dispositivos conectados, é possível definir decisões estratégicas em relação aos produtos, serviços e na gestão de seus negócios.

Essas mudanças importantes na estratégia de negócios deram aos gestores de tecnologia uma responsabilidade ainda maior para ajudar as organizações a se adaptarem e maximizarem os processos centrados na Internet das Coisas.

Um novo formato de responsabilidade na maneira de gerenciar os negócios

As responsabilidades atribuídas aos gestores das áreas de TI e de negócios variam de acordo com o tamanho e o modelo de negócios da organização, mas o surgimento da Internet das Coisas criou atribuições na forma de gerenciar o negócio, como:

 

  • determinar como os produtos da Internet das Coisas afetam a privacidade e a segurança dos dados e como ajudam a garantir que seu uso não coloque em risco dados de negócios ou de clientes;

  • usar dados analíticos para determinar como os produtos criados pela IoT podem impulsionar as vendas e os esforços de marketing da empresa;

  • incorporar os dados gerados pela tecnologia para melhorar o atendimento e suporte ao cliente, garantindo a satisfação do consumidor;

  • tornar estratégico o investimento em pesquisa e desenvolvimento para projetar e implementar esforços para que a Internet das Coisas ajude a atingir as metas e objetivos gerais da empresa.

O universo da Internet das Coisas pode ser excitante, mas há sérios desafios técnicos e gerenciais que precisam ser resolvidos pelos gestores para garantir que essa nova tecnologia se torne estratégica para o crescimento da empresa.

IoT: um novo paradigma de TI para os negócios

O futuro da IoT vai além da comunicação entre máquinas. Sua maior influência está no surgimento de um novo paradigma de negócios, gerando um tipo de interatividade com os consumidores. Isso impacta diretamente na gestão de antigos e novos negócios, na integração com fornecedores e, principalmente, no relacionamento com os clientes.

A responsabilidade dos CIOs e dos times de tecnologia

Os CIOs e suas equipes de TI desempenham papel importante no crescimento da Internet das Coisas. Eles devem, no mínimo, fornecer o suporte ao crescente número de equipamentos que compõe a IoT — de sensores a sistemas analíticos

Para se tornar um CIO bem-sucedido no mundo IoT, é preciso fornecer mais do que a infraestrutura necessária para ajudar sua organização a desenvolver um novo ambiente computacional. A Internet das Coisas está remodelando as conexões em todos os lugares e está reestruturando a TI corporativa, exigindo que sejamos mais visionários, mais colaborativos e com um mindset cada vez mais centrado no negócio.

A Internet das Coisas requer parcerias de TI

A IoT certamente chamou a atenção da maioria das organizações de TI. Para se ter uma ideia, de acordo com a Accenture, o investimento global na Internet das Coisas chegará a US$ 500 bilhões até 2020.

Para muitas organizações em vários setores, o futuro da IoT é agora, e já é possível ver aplicações práticas dessa tecnologia. Veja alguns exemplos:

  • As companhias seguradoras já rastreiam as atividades de motoristas para tomar decisões relativas ao uso do seguro.

  • O mesmo acontece com as empresas de dispositivos médicos, que projetam seus produtos para fornecer dados aos provedores de serviços de saúde.

  • Indústrias usam tecnologias sem fio, sensores e fluxos de dados para monitorar suas linhas de montagem ou equipamentos baseados em campo através da IoT.

Isso direciona as organizações que estão envolvidas em projetos relacionados à IoT a buscar parcerias tecnológicas. Isso porque a Internet das Coisas não é um único sistema ou plataforma, mas uma combinação de muitas tecnologias que coletam dados em vários pontos de um processo e sistemas analíticos que transformam esses dados em informações úteis para a tomada de decisão dos gestores.

O futuro da IoT inclui executivos de tecnologia experientes

Definitivamente, a Internet das Coisas não é um trabalho de um homem só. Além de buscar parcerias tecnológicas, os CIOs precisam reformular sua visão operacional e sua estratégia de gestão, além de trabalhar nas áreas funcionais da organização para entender onde há potencial na aplicação da tecnologia e como ela pode ser transformada em resultados.

Isso está muito além do campo de tecnologia. É possível visualizar pelo menos quatro áreas de destaque que os CIOs e suas equipes de TI precisam abordar:

  1. hardware: todos os sensores, dispositivos e redes;

  2. software: para conectar o hardware e realizar análises;

  3. padrões: regras e regulamentos a serem atendidos;

  4. serviços: os fornecedores se tornam cada vez mais estratégicos, compartilhando os recursos necessários para implementar a IoT.

 

Experiência para criar, inovar e gerenciar serão fundamentais. Integrando a computação em nuvem e a mobilidade, inauguramos uma nova era de tecnologia e a uma nova fase de negócios.

 

Para as empresas e seus gestores, é preciso pensar em oportunidades com o uso da Internet das Coisas. O que os clientes querem? Como a IoT atende suas necessidades e oportunidades? Que tipo de eficiência interna ou melhorias na gestão do negócio serão possíveis? Faça essas perguntas e você já poderá dar seus passos iniciais.

bottom of page