OS CIGARROS E A IGREJA CATÓLICA

Fumar não é pecado

O texto abaixo vem de um site católico; a referência está no final.

"Antes de tudo, que fique claro: o nosso objetivo aqui é comunicar a doutrina da Igreja, muito mais do que as nossas opiniões pessoais. Não devemos confundir uma coisa com a outra. Por mim, ninguém no mundo fumaria, mas não há nada no magistério da Igreja que nos dê base para afirmar que fumar cigarro, cachimbo ou charuto seja um mal em si.

O Catecismo da Igreja se restringe a condenar o ABUSO do fumo:

“A virtude da temperança manda evitar toda espécie de exceção, o abuso da comida, do álcool, do fumo e dos medicamentos.” (CIC, 2290)

Portanto fumar e beber moderadamente não é pecado.Conheço muita gente que consome alguns poucos cigarros de tabaco, uma ou duas vezes por semana, ou que fuma um charuto , e ou seu cachimbo eventualmente. E, até onde sei, não há estudos que provem que o fumo em tão poucas quantidades cause algum dano relevante à saúde. E podemos até afirmar, sem querer provocar o incentivo,que isso é menos nocivo ao corpo do que muita porcaria que a gente come tranquilamente nos fast foods da vida, sem que nenhum moralista venha nos incomodar". (Sobre o consumo de álcool e cigarros) "Porém, me desculpem os puritanos, o uso moderado destas substâncias definitivamente não constitui pecado. (...) É claro que existe uma óbvia diferença entre o consumo do álcool, ou do tabaco, e o abuso destas substâncias".

O texto integral, com muito mais informações, está aqui:

https://frontcatolico.blogspot.com.br/2017/03/quando-fumar-e-beber-e-pecado-e-quando.html

Um trabalho muito completo sobre catolicismo e tabaco está aqui (em inglês):

http://www.catholicworldreport.com/2017/11/09/in-the-habit-a-history-of-catholicism-and-tobacco/

O autor, John Buescher, é Ph.D. em Estudos Religiosos pela Universidade de Virginia, e publicou vários livros sobre história e outros temas relacionados à religião.

Minha posição pessoal quanto ao assunto:

1) Cigarros fazem mal à saúde - logo: não fume!

2) Cumprir a lei e regulamentos internos de qualquer organização é uma obrigação;

3) Deve-se combater a intolerância , inclusive a que se esconde sob o véu da ciência (que um dia já deu vergonhosamente o seu aval ao racismo e a tantas outras idiotices);

4) Deve-se lutar contra a desinformação, mas também denunciar os limites e abusos feitos em nome da ciência (isto é: os casos de generalizações precipitadas, ou que servem a outros interesses, como tantos cientistas que dizem que o aquecimento global não tem relação com a atividade humana no planeta, que produtos transgênicos são inofensivos, que a agricultura orgânica é "puro marketing" etc.;

5) Deve-se procurar viver em paz e virtuosamente, buscando estar em harmonia com as pessoas e a natureza, respeitando opções e opiniões diferentes das nossas - e evitando os mau-humorados e intolerantes. A expressão "respeito à natureza" implica, além de uma postura ecológica, respeitar e não maltratar os animais não-humanos . Da minha parte, eu uso o transporte público (não dirijo, nem tenho automóvel), e se você tem um carro lembre-se que os automóveis são uma das maiores causas de poluição atmosférica no planeta. Além disso, sou vegano e, contrariamente ao que alguns pensam sobre a dieta vegana, não consumo nada feito de soja (as maiores causas de devastação da Amazônia são a pecuária e as plantações de soja, muito utilizada para fazer ração para o gado. Um lembrete: a Organização Mundial de Saúde colocou o "bacon" e outros embutidos (de carne) no mesmo grau que o cigarro entre as causas de câncer . Isto é: se você se preocupa realmente com a sua saúde ,não consuma esse tipo de produtos.

Antes de terminar, uma observação para demonstrar que esse não quer ser um texto parcial: o papa Francisco, neste ano, proibiu a venda de cigarros no Vaticano.

E, finalizando: este não é um assunto para ser tratado em salas de aula ou no meu horário de trabalho na PUC. Procure informar-se de outra maneira; não sou médico, e essas são, como eu disse, opiniões pessoais. Entendo e respeito, caso discorde delas.